terça-feira, 10 de julho de 2012

Sarney e senadores pela Paraíba reverenciam memória de Ronaldo

Sarney e senadores pela Paraíba reverenciam memória de Ronaldo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os três senadores pela Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Vital do Rêgo (PMDB-PB), manifestaram pesar pelo falecimento do ex-senador Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB), no último sábado (7), em João Pessoa (PB). O poeta e político paraibano tinha câncer no pulmão, diagnosticado em 2011, e morreu em casa, aos 76 anos.

“Morre, com Ronaldo Cunha Lima, uma das grandes expressões humanas e políticas do nosso tempo”, afirmou Sarney, em nota, assinalando ainda sua amizade e estima por este “homem cordial, inteligente e afetuoso”.

A memória do político paraibano foi reverenciada pelo seu filho, o senador Cássio Cunha Lima, com duas postagens no Twitter. Inicialmente, ele escreveu: “Os poetas não morrem! O poeta Ronaldo Cunha Lima, após uma vida digna, descansou”. Posteriormente, postou: “Louvamos a Deus pela bela existência do poeta Ronaldo e agradecemos a todos por toda solidariedade”.

Ronaldo Cunha Lima morreu dois dias depois de receber a visita de Vital do Rêgo. Como última homenagem ao “grande homem público”, o senador peemedebista registrou em seu Twitter: “A Paraíba perde um dos importantes líderes políticos de sua história. Que Deus console os que pranteiam de saudade e cultivam memória do poeta Ronaldo”.

Cícero Lucena lamentou o falecimento do ex-senador pela Paraíba dizendo ter perdido “um amigo-irmão”.

- Que o nosso Ronaldo Cunha Lima descanse em paz, esse homem que me iniciou na política e que tanto me ensinou - declarou Cícero.

Trajetória

Natural de Guarabira, na Paraíba, Ronaldo Cunha Lima nasceu em 18 de março de 1936 e entrou na vida pública aos 23 anos, quando foi eleito vereador por Campina Grande (PB). Ao longo de quase 50 anos na política, exerceu ainda os cargos de deputado estadual, prefeito, governador, senador e deputado federal.

Sua trajetória política foi encerrada em 2007, ano em que Ronaldo Cunha Lima renunciou ao mandato de deputado federal. Sua atitude foi justificada, à época, pela decisão de abrir mão do foro privilegiado garantido aos parlamentares para responder, como cidadão comum, ao crime de tentativa de homicídio contra o ex-governador paraibano Tarcísio Buriti, ocorrido em 1993.

A renúncia aconteceu dias antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a ação penal contra Ronaldo Cunha Lima. O processo acabou sendo enviado à Justiça da Paraíba.

Poesia

Ronaldo Cunha Lima também deixou dezenas de livros publicados, produção que lhe rendeu uma cadeira na Academia Paraibana de Letras em 1994. Na literatura, admirava a obra do poeta conterrâneo Augusto dos Anjos, predileção que o levou a vencer a edição do programa de perguntas e respostas Sem Limite, na Rede Manchete, sobre o escritor em 1988.




Redação

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